
O Trigo de Cristo
Dentre os grandes mártires da Fé Cristã, figura Inácio de Antioquia. Santo Inácio foi discípulo de São João, apóstolo e evangelista, amigo do também santo mártir e Bispo Policarpo. Inácio foi o terceiro sucessor do apóstolo São Pedro na Cátedra de Antioquia, a qual pastoreou por, aproximadamente, 36 anos. Num dos grandes períodos de perseguição aos cristãos, à época do Império Romano, Santo Inácio foi aprisionado e condenado a ser lançado aos leões no coliseu de Roma, um “espetáculo” que o imperador Trajano oferecia ao povo constantemente.
Sua viagem à capital do império foi tanto uma “via-sacra”, pelos sofrimentos que lhe foram impingidos, quanto um triunfo, pois os cristãos de todas as regiões muito veneravam este santo Bispo. Durante sua viagem a caminho do martírio, escreveu cartas às várias Igrejas da Ásia, que se tornaram, com o passar dos tempos, importantes documentos da Antigüidade Cristã. Paira nelas o espírito do grande Mártir e Bispo, verdadeiro Pastor de Almas, a exemplo de seu Senhor, Jesus Cristo. Nelas vê-se seu grande amor a Deus, sua sêde do martírio e zêlo por conservar a unidade e amor fraterno na Igreja de Cristo.
Em uma de suas cartas, Santo Inácio de Antioquia chegou a pedir aos cristãos que não intercedessem junto às autoridades para conseguir sua libertação. Escreveu o santo: “Deixai-me ser alimento das feras; por elas pode-se alcançar a Deus. Sou trigo de Deus, serei triturado pelos dentes das feras, para tornar-me o puro pão de Cristo..
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